A Associação foi fundada a 25 de julho de 1952 por Arnaldo Martins Monteiro, que reuniu rapazes e raparigas da zona com o objetivo de fazerem o São João da Noêda. "Grupo de Rapazes e Raparigas", foi a primeira designação desta coletividade, estando a direção do grupo a cargo de: Arnaldo Martins Monteiro (fundador e presidente), David Vilaça (primeiro secretário), Fernando Martins (segundo Secretário), António Ferreira da Silva (tesoureiro). O grupo associativo andava de “porta em porta, de taberna em taberna” entre a Rua do Freixo e a Rua do Heroísmo” por não ter uma sede. As reuniões do grupo aconteciam na casa do presidente e os ensaios decorriam entre a Eira do Moutinho e as garagens dos senhores Laurentino e Mustafá Cardoso. Em 1956, por intermédio da Federação das Coletividades do Porto, encontraram a primeira sede, um salão na Associação dos Empregados do Comércio, na Rua de Santo Ildefonso, onde passaram a realizar os ensaios. Em 1959, com o encerramento deste espaço, instalaram-se num salão na Rua do Bonjardim (ao Marquês). Como este local de ensaios era muito distante da zona de Campanhã, ainda no mesmo ano mudaram-se para um pequeno armazém na Rua de Miraflor nº 148.
A mudança de nome para "Associação Recreativa Os Malmequeres da Noêda” aconteceu em 1961 quando foram aprovados os estatutos e assumindo-se como associação legalmente constituída (estes estatutos foram revistos e publicados em 1976) (foto estatutos). Nessa data, a Associação passa a funcionar numa pequena ilha na zona de Noêda. No mesmo ano, passa para a Rua do Freixo nº 1242. A última sede, onde ainda hoje permanece, foi encontrada em 1963, na Travessa de Miraflor nº 17, na época um armazém muito degradado. Graças ao esforço e empenho dos sócios, as paredes foram endireitadas, o chão arranjado e recomposto o espaço para acolher: o salão de festas com palco, bufete, biblioteca, salão de jogos, camarins e outras divisões de serviço. Foi necessário recolher fundos que permitissem a realização das obras e os sócios desdobraram-se em múltiplas iniciativas: bailes, jantares, noites de teatro e fado, festas de aniversário, festas de Natal e Ano Novo, entre outras.
Os Malmequeres mantêm-se na mesma sede sendo grande o esforço dos sócios para manter as instalações em condições para desenvolver as atividades. Há a consciência da necessidade de melhores e mais amplos espaços para acolher a crescente atividade da associação.
Tal com em todas as organizações sociais, a história de 70 anos da Associação é longa e cheia de momentos gloriosos e outros menos conseguidos. A perda de tantos documentos visuais e escritos torna difícil reconstituir décadas de anos dedicados à comunidade próxima e à cidade. As mudanças sociais no mundo e no país nestas 7 décadas são enormes mas a Associação sobreviveu e, hoje continua o seu caminho esforçando-se por se adaptar para responder às solicitações de sócios e de quem a frequenta.
✺
Malmequeres da Noêda
Malmequeres da Noêda