O teatro é uma das dimensões mais marcantes da atividade da Associação sendo uma constante desde a sua fundação até 2003, ano em que o grupo de teatro é extinto.
O Grupo de Teatro preparou-se com dedicação para levar à cena a Revista “Isto assim é que é” (1955) de Josué Lopes de Sousa. Os ensaios aconteciam no Largo de Noêda. Em março, começaram a realizar espetáculos, o primeiro no Salão de Festas da Associação Nun’Álvares de Campanhã, seguindo-se o Cine Teatro Brazão (Valadares), Odéon Cine Teatro e coletividades da freguesia.
No Jornal do Sócio, do Centro Cultural e Recreativo da Carreira / Rio Tinto, Gondomar, nas suas edições de Abril e Maio de 1981, consta o convite aos sócios deste Centro Cultural para assistirem gratuitamente a um espetáculo de Teatro na Associação Malmequeres de Noêda, bem como há notícia da realização de um espetáculo de Teatro do Grupo Cénico Os Malmequeres de Noêda no Grupo Dramático de Rio Tinto, o que reflete as relações que eram estabelecidas entre as várias Associações da cidade.
Em 1957, estrearam a farsa em três atos “Quem o Alheio Veste...Na Praça o Despe” com direção de Américo Gomes Talma. Com o falecimento do ensaiador do grupo, o sócio Artur Costa passou a ser responsável pela secção de teatro. O grupo de teatro realizou várias peças e circulou por vários locais da zona norte, até que acabou a sua atividade em 2003.
Com a criação do 1º Ciclo de Teatro de Campanhã, em 1983, uma organização da Junta de Freguesia de Campanhã, Os Malmequeres participam com duas peças: “Perdão dos filhos” (drama em um ato) e “Fábrica de malucos” (comédia em dois atos). No ano seguinte participam igualmente do 2º Ciclo de Teatro de Campanhã com as peças “Da miséria à loucura” (drama em um ato) e “Doidos com juízo” (comédia em um ato).
Em 1983/84 A secção de Teatro fomentou o intercâmbio entre as Coletividades da Freguesia de Campanhã o que motivou muitas destas estruturas a dinamizarem a sua atividade. Destaca-se a presença no 1º e 2º Ciclos de Teatro da Freguesia de Campanhã com o drama “Perdão dos Filhos” e a Comédia “Fábrica de Malucos, no 1º Ciclo e as peças “Da Miséria à Loucura” e “Doidos com Juízo”.
Em 1992 há notícia da estreia da peça “Guardado está o bocado para quem o há-de comer”. No mesmo ano, por ocasião da Festa de Natal estrearam as peças “Árvores verdes árvores” e “Dois coelhos em apuros”.
Em 1993, em reunião do executivo da Junta de Freguesia de Campanhã, foi atribuído o Diploma de Mérito ao ensaiador e ator Artur Lima Tavares Costa pelos relevantes serviços em prol do desenvolvimento cultural, desportivo e social de Campanhã, entregue nas instalações da Junta de Freguesia na cerimónia do 19º aniversário do 25 de Abril, pelo então Presidente da Câmara Municipal do Porto Dr. Fernando Gomes.
Em Julho de 1995 participam do 1º Festival de Teatro Amador nos jardins do Palácio de Cristal, organizado pelo Pelouro de Animação da Câmara Municipal do Porto, no âmbito do programa “Animar o Associativismo”, com a peça “O Perdão dos Filhos” com encenação de Artur Costa.
Encontra-se uma referência ao convite da Escola Dramática Musical e Recreativa de Contumil, em 1996, para fins teatrais, mas não foi possível certificar a participação da Associação Os Malmequeres de Noêda.
O Grupo de Teatro terá terminado por volta de 2003, por falta de participantes e pela saída do seu encenador Artur Costa.
Um conjunto de fotografias testemunham o dinamismo do grupo de teatro e em que o papel do sócio Artur Costa é uma constante.
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Malmequeres da Noêda
Malmequeres da Noêda